segunda-feira, fevereiro 20, 2006

O Fim do Mundo recomeça


Há muito tempo que não escrevo aqui no blog mas tenho uma boa desculpa. Tal como disse no post anterior, tenho andando a pensar muito na minha série. E também tenho trabalhado numa curta-metragem sem nome. Um coisa muito simples, com um malandro racista que tem de entregar uma mala que se desconhece o conteúdo. Só a escrevo mesmo para explorar as minhas técnicas de escrita (se é que lhe podem chamar isso). Quanto á série, poderá nunca estar acabada. Porque eu considero-a, na minha cabeça, a minha obra-prima. Dirá mais sobre mim e sobre as pessoas que conheço do que qualquer outra coisa. É semi-biográfica mas com um toque apimentado para torná-la mais interessante. Terá referências a outras séries, filmes, livros e muita música. Estou neste momento a escrever as fichas de personalidade das personagens e a ver se elaboro um teste com perguntas do estilo: "cor favorita?", "estilo de música?", "o que é mais importante?", etc.

Por enquanto vou tirando ideias de várias fontes. Estou a pensar torturar um bocado a personagem do Antunes com uma experiência que lhe altere a perspectiva do mundo: "como se alguém tivesse aberto um alçapão e revelado as engrenagens do mundo". A mim mesmo vou atormentar com problemas existenciais e ao Ricardo com uma revisão de prioridades. Todos vão sofrer ás minha mãos. Para o primeiro episódio, estou a ouvir Green Day. Tem que ilustrar bem uma introdução ás personagens e ao mundo que as rodeia. Uff! Já não se podem queixar que nao escrevo. A propósito, ão sei se já perceberam que a série se vai chamar O Fim do Mundo. Obrigado.

Ps: Ah! Raparigas, vejam se não discutem nos comments.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Perfeição


É hora de deitar mãos ao trabalho! Tenho duas curtas-metragens que presicam ver a luz do dia! A primeira está a ir bem, mas tive de reinventar todo omeu processo de trabalho. A partir de agora nada é feito sem uma cuidada análise psicológica de todas as personagens. E é por isso que decidi tomar a tarefa herculeana de refazer totalmente tudo o que já escrevi da minha série de televisão. O objectivo? Torná-la mais divertida, mais acessível e mais interessante. Até agora achei que não andava a explorar as perasongens como deve ser, por isso decidi elaborar perfis psicológicos que lhes deêm personalidade. Depois, posso enfiar-me dentro de cada uma para saber o que fariam ou o que diriam em determinada situação.

Claro que isto vai dar-me um trabalho dos diabos. A primeira coisa que vou fazer é analisar os meus colegas e amigos nos quais as personagens são baseadas ao pormenor, tomando notas. Analisá-los de alto a baixo e usar isso para construir as suas personagens. Desejem-me sorte.

Quero tornar a minha série perfeita. Esperem e vejam.

sábado, fevereiro 11, 2006

IST

Esta última sexta, algumas turmas da minha escola foram ao Instituto Superior Técnico e eu estava lá. Digo-vos uma coisa: fiquei convencido. Podem contar comigo lá para o ano! Seja em que curso for! Todo o espaço é fantástico e quase que se consegue respirar a inteligência no ar. Acho que fiquei mais esperto só de andar lá a dar voltas.

Pena foi só termos visto 3 andares do bloco de Biologia e Química, áreas em que não estou mesmo interessado. Mas aqueles laboratórios parecem saídos de filmes de ficção científica. Senti o Nitrogénio líquido na minha mão e vi-o desfazer luvas e frutos em estilhaços. Vimos um pouco de química forense para verificar impressões digitais e distinguir urina normal de urina de um gajo diabético. Experiêcias com DNA também.

Mas o que me fascinou realmente foram as torres negras que se erguem dos dois lados do complexo. Feitas de vidro espelhado, são dois cubos que, vistos de um certo ângulo, parecem levitar acima dos outros edifícios. Lá dentro, corredores brancos saídos de um filme de terror. Fantástico.

Têm tudo. Livraria com leituras técnicas, bar com um sistema como deve ser, não aquela confusão lá na ESAS e uma biblioteca que faz o dobro da nossa. A cantina tem opções de ementa à escolha, uma delas é sempre macrobiótica. Foi o que eu comi (e pela primeira vez) e até não estava mal. Talvez ainda me torne um "vegie". O prato eram hambúrgueres de soja com arroz de feijão. Ok, a comida não é grande coisa mas é uma cantina de escola, por amor de Deus. Mais parece um restaurante self-service.

Infelizmente, não vimos quase nada. Talvez uma próxima vez. Fiquem. E tomem o site, para aqueles que estão interessados em ser meus futuros colegas: http://www.ist.utl.pt/

PS: Provavelmente vou para um curso de Informática e Computadores. É uma área que me desperta curiosidade e pode dar jeito no mundo do cinema. Por falar nisso, tenho tido algumas boas ideias para curtas-metragens. Esperem e vão ver.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Edgar


Estão a ver este tipo aqui na foto ao
lado? Pois este sacaninha sentado ao lado dos bonecos d'A Noiva Cadáver é português. Um licensiado da ETIC que nem sabe como é que foi parar ao filme do Tim. Mas leiam esta entrevista com o gajo no Expresso.

"Tim Burton contou com a ajuda de um jovem técnico de iluminação português para fazer o filme «A Noiva Cadáver». Durante sete meses, Edgar Alberto, ex-aluno da Escola Técnica de Imagem e Comunicação, fez parte da equipa do famoso realizador. Agora, conta como foi a experiência.

Como é que um português de 22 anos vai parar à Warner Brothers?

Foi totalmente inesperado. Estava em Londres a trabalhar em iluminação, no Sadler's Wells Theater, mas, como queria trabalhar em pós-produção de vídeo, comecei a enviar currículos para todos os anúncios que via. Quando me ligaram eu já nem me lembrava e fui à entrevista sem fazer ideia de que era para a WB.

Como reagiu ao saber que era um filme de Tim Burton?

Foi uma grande surpresa mas, por estranho que pareça, de início pensei: «não é bem isto que eu quero fazer». Não era a área de iluminação que queria seguir, mas a proposta era muito interessante. O facto de ser uma longa-metragem que ia ser distribuída pelo mundo inteiro fez-me aceitar a oportunidade.

Que tipo de trabalho desenvolveu durante os sete meses de filmagens?

O ritmo era alucinante. Entrei como assistente júnior mas ao fim de pouco tempo passei ao posto normal de técnico de iluminação. O estúdio era uma autêntica fábrica de bonecos. Sempre que podia ia ver o realizador Mike Johnson a trabalhar, eram os momentos que eu gostava mais. Aprendi muito só a observar.

Fale-nos um pouco da experiência...

Foi altamente positiva. O Tim Burton raramente lá estava porque tinha em simultâneo a rodagem da «Fábrica de Chocolate». Tive pena, mas trabalhar directamente com o resto da equipa foi fantástico. Só no início é que foi complicado porque, além de nunca ter trabalhado nem em cinema, nem em animação, também não sabia os termos técnicos em inglês. Fazendo um balanço acho que foi um grande privilégio.


Que projectos tem em mente?

Gostava de ir para os Estados-Unidos, mas por agora decidi regressar a Portugal. Estive a fazer os videoclips de uma nova banda, os Cindy Kat, e agora estou à procura de novas propostas que me permitam começar a marcar pontos na área que pretendo seguir, a pós-produção.

Paula Cosme Pinto / EXPRESSO Online

16:59 26 Janeiro 2006 "

Sortudo o palhaço. Assim também eu.

Cidade do Cinema


Barreiro candidata a Cidade do Cinema cristiana vargas *montijo

"Uma área industrial do Barreiro que se encontra devoluta poderá vir a tornar-se numa Cidade do Cinema a partir de 2007, contando com um investimento inicial de 140 milhões de euros e a criação de cerca de três mil postos de trabalho.A proposta foi feita ao Governo pela empresa norte-americana CDMInteractive, através do accionista luso-americano Carlos de Mattos, em parceria com a produtora portuguesa Cinemate. A CDM está associada à produção televisiva de 78 canais nos EUA."Soubemos que a empresa estava interessada nesta ideia e conseguimos estabelecer a ponte através do realizador José Fonseca e Costa", revelou em conferência de imprensa o vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Barreiro, Luís Cerqueira, segundo quem este grande projecto passa pela criação de 17 estúdios para cinema, televisão e multimedia, com possibilidade de relançar este sector a nível nacional, assim como servir de cenário a produções de qualquer nacionalidade.Foi criado um grupo de trabalho para acompanhar o processo, no seguimento da reunião desta semana entre a autarquia, investidores, proprietária do terreno e o secretário de Estado da Indústria e Inovação.Luís Cerqueira disse aos jornalistas que, a cumprirem-se os prazos iniciais, o promotor da iniciativa poderá arrancar com as obras em 2007. Até Junho de 2006 a execução do investimento terá de ficar contratualizada e preparada a candidatura complementar a fundos comunitários para a construção de acessibilidades e descontaminação de solos. O projecto inclui a construção de estúdios, um dos quais subaquático, que seria o primeiro da Europa. A empresa de produção CDMInteractive, com sede em Los Angeles, recebeu vários prémios, nomeadamente pela sua participação em África Minha e Titanic."* Com Lusa

Isto são boas notícias! Nunca esperei nada disto do meu querido Barreiro! Quer dizer, primeiro o Fórum com cinemas e agora uns estúdios ao nível europeu?! Se não temos cuidado, este antro ainda se torna uma Meca do Cinema e passamos a ter festivais e ciclos de autores! Não que eu me queixe! Aliás, acho que tomei uma decisão! Vou mesmo tentar seguir uma carreira nas artes de vídeo. A minha ideía: Completo o 12º Ano e vou para um curso de informática (a decidir). Depois de completar o curso, fico com conhecimentos suficientes para me safar no mundo do trabalho. Passo então a dedicar-me è arte e vou para um curso da ETIC (a decidir). Depois, é com Deus. Nada mal, hã? Até posso vir a fazer parte dos 3000 emregos que esta Cidade do Cinema vai criar, se isto for para a frente. Viva o Barreiro!